quarta-feira, 23 de junho de 2010

Como foi o seu sábado?

Aventureiros de plantão,

abaixo o relato da mais nova integrante da Familia Selva, Rita. Ela foi a dupla da nossa queridissima Ursula no Haka Race. Eu li este relato no adventuremag e achei sensacional.

Fica ai o exemplo da Rita de que todos podem e devem praticar esportes, basta ter apoio de profisisonais responsaveis acompanhando.

Parabens Rita e bem vinda. Espero reve-la na próxima prova.

Um beijo da tartaruga !!!

Relato extraido do http://www.adventuremag.com.br/

Como foi meu sábado? Se parasse, sentava e ficava, mas como não dava nem prá pensar direito, foram 4h30 ininterruptas de atividades físicas intensas, coisa que não estou nem um pouco acostumada.

Tudo começou com a Úrsula Pereira (minha personal trainer e amiga) me contando sobre suas aventuras. Coisa de atleta, realmente só para ouvir. E achar loucura!

Como tenho hérnia na cervical, Úrsula me indicou o fisioterapeuta, dr. Mó/Neaf. E lá fui eu. Mó me disse que a hérnia não precisaria me limitar. E em seu consultório conheci pessoas com dor, mas que faziam coisas incríveis. Mó e Natan entraram na minha vida.

Numa outra ocasião Úrsula me apresentou ao Vit, com quem tive umas aulas de canoagem.

Ela sempre me falava sobre o Haka, contando sobre suas corridas de aventura. Um dia me convidou, disse que seria uma brincadeira (?!), que conseguiríamos. Aceitei!

E começamos a treinar para o Haka. Até porque há 3 meses nem sabia correr. O objetivo me deu ânimo e alegria. Mas treinar só 1h/dia não seria pouco? Úrsula me disse que não. Confiei. Procurei a Patrícia Rebelo, nutricionista, que também me incentivou.

Antes da largada, que delícia estar ali. Não só como expectadora, mas pertencendo àquilo tudo. O prof. Leo dá umas dicas, e fala de um tal de downhill, que está perigoso. Bateu medo, não domino a bike em descidas... mas foi embora rapidinho, era bom demais estar ali.

A equipe Selva, da Úrsula, tratou de me acolher.

Em nenhum momento me senti excluída ou fui tratada como café com leite, ao contrário, me senti bem-vinda, como mais uma integrante do Haka! Por todos!

A largada foi com corrida: corremos, corremos, corremos, e eu pensando: "a Úrsula me enganou; isso aqui não é igual a correr 50 min. no parque a 7,5km/h"; "mas o que é que estou fazendo aqui, aonde isso vai me levar?"... bem, me levou até as bikes!

Pedalamos muito: "mas alguém me disse que eu iria descansar na bike". Ahã! Chegamos ao pé de uma montanha íngreme, onde deixamos as magrelas e subimos, não acabava!

Daí, o rapel de 50m. Nem sabia exatamente o que era. Cheguei tranquila, mas como fiquei na fila, o medo foi me visitar. Fiz a besteira de olhar para baixo. Como tudo é cultura, acrescentei uma nova palavra ao meu vocabulário: pavor! Mesmo apavorada, desci; mas não antes de visualizar uma árvore, que me daria a direção para continuar.

Lá embaixo, cadê a tal da árvore? Me vi perdida e com medo de novo. Ainda bem que a Úrsula foi me encontrar. Subimos, descemos do outro lado, pegamos as bikes e: down hill - puro cascalho!

Ali, conversei com Deus o tempo todo. Estava a 30km/h na última vez que olhei o odômetro. Para muitos de vocês é lento, eu sei, mas não prá mim. Lembrava da trilha na grade do Ibirapuera, onde pedalei algumas vezes a, bem, uns 14km/h. E com medo.

Ter conseguido sem descer da bike foi para mim mais significativo que o rapel. O rapel era novidade, e apesar de apavorante, não havia ainda o limite imaginário de capacidade ou não de sua realização; mas a bike eu já conhecia, e também, em tese, o quão pouco a dominava.

Ufa, nem acreditei que estávamos no último PC. Deixamos as bikes, caminhamos até onde estava o duck (aqui a Úrsula me deixou comer, gente boa ela). O carregamos um pouquinho (pesado o danado) por uma trilha até encontrarmos o rio Paraíba. E lá estou eu, remando da melhor maneira que poderia, quando ouço: "um, dois, três indiozinhos"... a loirinha estava cantando! Tá bom, entrei no ritmo "quatro, cinco, seis... mas o pequeno bote não virou".

Remei o mais rápido que pude quando avistei o pórtico, aquela energia que desconhecemos ter. Minha família estava lá. Chegamos! O queixo tremeu ao receber a medalha com o "eu completei" atrás. Só quem já fez conhece a sensação.

Uma outra coisa, não menos importante, é que todos foram muito simpáticos e agradáveis comigo. Muitos me incentivaram pelo caminho. Apesar da competitividade, o bem estar do outro ainda era a prioridade. E era essa a atmosfera dominante.

Cheguei mais feliz que cansada. E olha que estava exausta!

Acho que ainda não incorporei tudo que fiz, mas aprendi rapidinho uma coisa: não existe essa de "descansar pedalando" não.

Obrigada, Úrsula. Não tenho palavras que possam expressar o que todo o seu empenho significou prá mim. Só você mesmo!

E o seu sábado, como foi?

Rita Cláudia Pereira Horta/POMAR

3 comentários:

  1. Parabéns a Rita! E relato muito bem escrito tb!!
    beijos

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  2. Esse relato me lembra a primeira corrida que eu participei, a única diferença é que eu me perdi logo na primeira bifurcação e demorei 4 horas pra cruzar o PC 1!! (isso é verdade)

    Que você gostou não tenho dúvida, mas continue a correr que corrida de aventura é bom demais!

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  3. Pra mim, o mais legal é a segunda corrida...Você sente a mesma dor, o mesmo cansaço, o mesmo perrengue, chega 2 horas mais rápido ou 3 horas mais lento que a primeira corrida, mas percebe que todas as emoções foram renovadas. Pronto, você é mais uma pessoa fisgada pelas corridas de aventura!!!!

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